De acordo com uma matéria publicada pelo Jornal Extra nesta quinta-feira (01/10), a Polícia Civil investiga golpes do chamado “tombo” de seguros de celulares, que eram mais comuns em veículos, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio. Segundo o portal, em três semanas, três supostas vítimas foram até a delegacia da cidade para registrar falsos roubos de telefones, mas acabaram descobertas pelos investigadores.
O delegado titular da 125ª DP (São Pedro da Aldeia), Bruno Gilaberte, revelou que os registros na delegacia são feitos para tentar receber o valor pago pela seguradora pelo suposto roubo do aparelho. Segundo Gilaberte, nesses casos de crimes que possibilitam o recebimento de seguro, a unidade segue um protocolo de tomar um depoimento bastante detalhado das supostas vítimas no intuito de identificar possíveis fraudes.
Nos três casos descobertos, chamou a atenção dos agentes as histórias muito semelhantes contadas pelas vítimas, além das informações contraditórias relatadas e que foram sendo levantadas pelos policiais. Gilaberte frisa que apesar dos três casos recentes descobertos na cidade, ainda não é possível afirmar se a prática se tornou mais frequente na região.
“Estamos pegando muitos desses casos de tombo de seguro, que pelo que sabemos era mais comum em veículos. Não sabemos ainda se é algo regional ou uma estatística mais ampla que estamos descobrindo”, explicou o delegado.
As falsas vítimas, nos três casos, acabaram admitindo que tinham inventado sobre o roubo para receber o seguro. Em um dos casos, uma mulher que tinha procurado a delegacia para relatar que havia sido assaltada admitiu que mentiu e, na realidade, perdeu o celular após esquecê-lo em cima da mesa de um restaurante. Ainda segundo ela, ao se dirigir até a loja onde havia comprado o aparelho para dar entrada no seguro, foi informada da necessidade de fazer um registro de ocorrência. Com isso, ela decidiu ir até a delegacia.
Em outro caso, uma mulher que também confessou ter mentido acabou admitindo que o telefone, na realidade, tinha sido dado por ela a um funcionário seu. O homem relatou à patroa que tinha sido roubado, mas não podia comprovar a autoria do crime. A mulher também foi até a loja onde havia comprado o celular para dar entrada no seguro, mas lá foi informada de que precisava registrar o caso na polícia.
As três pessoas que se passaram por vítimas foram indiciadas por falsa comunicação de crime, conceituado no Código Penal como “Provocar a ação de autoridade comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado”. A pena para o crime é de um a seis meses ou multa.
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